No momento em que o paleontólogo Alceu Ranzi lidera uma expedição de cientistas, inclusive estrangeiros, ao interior do Acre e ao sul do Amazonas, em busca de respostas sobre o que significam os geoglifos encontrados na região, além de informações sobre quando e qual foi a civilização que os construiu, imagens de satélite e novas tecnologias vêm descortinando cada vez as estruturas impressionantes na Amazônia, especialmente no estado do Acre. Estas enormes estruturas geométricas de terra, com até 2.000 anos, desafiam antigas narrativas e apontam para civilizações sofisticadas.

A redescoberta dos geoglifos na Amazônia, principalmente no Acre, iniciou-se com o avanço do desmatamento a partir da década de 1970, que expôs as estruturas. As primeiras investigações formais datam de 1977, mas foi a visão aérea, impulsionada pelo professor Alceu Ranzi em 1986, e o uso de imagens de satélite a partir de 2005, que revelaram a magnitude do fenômeno.